quarta-feira, 13 de setembro de 2017

ESTAU | Estarreja Arte Urbana 2017












ESTAU | Estarreja Arte Urbana 2017
A cidade, pinta-se! Varia de cores e memórias quando varia o tom pelo qual se deixa seduzir.
 
Mário Rui
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USA, September 11, 2001


 

Homenagem às vítimas do atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001
Aquilo que causa mais horror a qualquer pessoa é acordar numa manhã e senti-la diferente do que era na noite anterior.
Morreram cerca de três mil civis, certamente gente simples, e sabe-se lá com que incomensurável rol de qualidades melhores do que as dos homens irracionais. Sim, porque afinal a guerra tende a destruir os inocentes muito mais rapidamente que os culpados. Homenagem pois aos que pagaram com a própria vida um ‘tributo’ que não lhes era devido, e tudo isso em resultado da insensibilidade, da decadência de mentes com péssimos atributos morais.


Mário Rui
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Autárquicas 2017

 
 
 
Mário Rui
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Verão 2017 - Torreira







 
 
 
 
 
Mário Rui
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Autarcas não sabem do dinheiro dos donativos para incêndio de Pedrógão


Autarcas não sabem do dinheiro dos donativos para incêndio de Pedrógão (LER AQUI)
A ser verdade, coisa que não me espanta, tantos têm sido os casos idênticos, já só apetece é perguntar: povo, o que fazes tu realmente para que não te tratem como um idiota, nem julgado de idiota? Povo, será que ainda não percebeste que há neste país uma regularidade pendular de vigarice feita por intrujões com diploma? Povo, quando esta gente te bate à porta e tu perguntas - “quem bate lá, é a dona esmola?”, deves logo perceber a resposta, mesmo que ela te pareça solidária -“não; é a exploração da tragédia”. Acredito que a dádiva de quem contribuiu foi acto que significou profundeza de gesto, mas acredito ainda mais que há uns ‘guardadores das conveniências dos outros’, que não passam de uma simples equação que se faz com dois termos – enganar o próximo e amealhar lucro pessoal. E nisto há uns piores do que outros; que haja melhores, não acredito! Neste país, quando se trata de dinheiro, sempre falamos das ocorrências banais da véspera, ou então dos casos prováveis do dia seguinte, o que é pena. Sempre coisas escuras como escuro foi o fogo de Pedrógão e sobretudo o tenebroso de vidas inteiras de trabalho que num grande ar de calor se desmoronaram. Das ceifadas pelo fogo que lhes roubou venturas sonhadas, ficaremos sempre com a sensação de ter sido vivido um mundo irreal. E não quero com isto afirmar que o dinheiro se esfumou por completo. Pretendo só vincar que se tudo isto fosse uma razão para não falar, muita gente falsa estaria a coberto de desconfianças fundadas.
 
 
Mário Rui
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São Paio também é isto

São Paio também é isto e o mais que se queira e ainda “Danças D'Aldeia”, vindas de Pardilhó
À noite tem acontecido um rock e até uma espécime de música julgada popular, mas feita de fetichismo de mercadoria, que, no estágio em que estamos, parece-me não atingir grande importância no lazer dos consumidores. E se eu gosto de música, tanto que, achando-me vaidosamente – assumo - de dimensão insuspeita para os sons que me inebriam, não os quero sequer cingir ao âmbito erudito das coisas. Limito-me ao “gosta-se” ou “não se gosta”, mas devo dizer que não tenho gostado dessa música do tipo mentiroso a que tenho assistido. Mas calma, há muitos e variados públicos e eu não quero, afianço-vos, condenar quem a faz ou sequer quem a quer ouvir. Resolvam-se como muito bem entenderem. Aqui chegado, quero é dar nota de uma outra música onde os actores não vivem uma vida fingida e, pelo contrário, encarnam uma realidade que já foi e ainda é, representando-a como tela de vida comunitária. Essa sim, está decididamente feita de modo autónomo, espelho fiel de fenómenos culturais, usos, costumes, valores estéticos e éticos, também obras artísticas e literárias que interagem com o restante da vida social. Quase sempre são a fonte e o reflexo dos fenómenos económicos, políticos, até religiosos e sobretudo de grande dimensão humana. De facto gosto de toda esta proporção que não troça de mim. Para dizer o que digo acho que é preciso aprender muitas letras, ainda mais notas musicais, ouvir cantores de muitos horizontes, um sem fim de garra que se põe no que se faz. Tudo junto não cabe num livro, desistam de o procurar, tudo junto só se pode encontrar numa vida vivida. Até pode ser que já não seja possível absorver cultura na nossa contemporaneidade mas não será por essa razão que a devemos perder de vista. Pela simples razão de que a ideia de cultura nunca significou uma infinda quantidade de conhecimentos, mas sim qualidade e sensibilidade. É tão simples afinal. Parabéns ao "Grupo Etnográfico Danças D'Aldeia”, parabéns Pardilhó!
 








 
 
 
Mário Rui
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Toda a imagem é imprevisto


Quando se anda à cata de distrações, toda a imagem é imprevisto, ou talvez antes uma caricatura de tempos diferentes.

Mário Rui
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Solidões

 
Às vezes a existência é uma solidão! Caseira, mas apertada!
 
 
Mário Rui
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Torreira 2017

Uma tranquilidade honrada de noite velha, a eterna noite das feições que deixam as cores bailando na romaria das águas de luminosas essências. Exuberante de puras fantasias, talvez mesmo sonata noturna, digo eu. E de manhãzinha cedo, vem a gente que apazigua a faina. Mesmo que cheia de fadiga, às vezes acossada pela nortada, a cor da vida não esmaece. É isto que somos por estes lados. Um respirar livre no meio de todas estas cortesias.











Mário Rui
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Por aí


 
 
 
Mário Rui
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A importância dela, a vírgula!


A importância dela, a vírgula!

Mário Rui
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Candidatos vão gastar 4,8 milhões em brindes nas autárquicas


Candidatos vão gastar 4,8 milhões em brindes nas autárquicas  (LER AQUI)
Quero lá saber quem é que os gasta e de que forma os gasta. Basta-me perceber esta predisposição para empreender acções que pareçam tender a colocá-los sob uma boa luz - isto é, de modo a lhes melhorarem a imagem, que já abomino esta forma de comprar votos. O que me agradaria era que todo este fandango pelintra, se resumisse ao que eles de facto fossem capazes de alcançar pessoalmente. Não sou nada bom a enganar-me a mim próprio e essa é a razão pela qual vocifero contra esta gritante impropriedade de conduta permitida, grosseira insolência e injustiça. Quase cinco milhões de euros a adquirir ofertas para o eleitorado, não é? Populismo, o que eu digo? Não! Qualquer eleição que respeite um país, preserva o decoro. Ardem casas, morre gente indefesa porque o Estado a que chegámos não protege os seus cidadãos. Morrem bombeiros porque se trocam pela vida dos outros. Tombam árvores assassinas que ceifam vidas humanas. Tributa-se tudo e mais alguma coisa ao pagante indígena. Mas quase ninguém desmascara a futilidade suicida das teorias que não assumem a responsabilidade das suas consequências históricas. Há dinheiro para o supérfluo, falta dinheiro para o essencial. Depois disto, ainda há os que se revoltam com o facto de por três vezes quase abdicarmos de existirmos como Nação! Por este caminho, errado, conformamo-nos com a condição de entreposto de outros. Não me perguntem pois o que acho destas fantasias. Eu digo-vos: são neurastenias de uma pegajosa tristeza!


Mário Rui
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