domingo, 2 de junho de 2013

Dinheiro em tempo de fome

























Não querendo pôr em causa as louváveis iniciativas do Banco Alimentar Contra a Fome, campanhas a que de resto me junto com a minha singela parte, interrogo-me a propósito dos elevados lucros obtidos pelos donos das grandes superfícies, Pingos Doces, Continentes, etc, etc, sempre que o BACF apela à participação dos fregueses à porta destas lojas. É curioso, não é? Em vez de um kilo de arroz, compramos dois, se for um pacote de massa lá vai o dobro, 1 litro de leite duplica e assim sucessivamente. São dias excelentes para os proventos dos patrões de tais superfícies! Não sei se já o fizeram, mas não seria bonito que estas lojas, leia-se os patrões das mesmas, também ajudassem o Banco Alimentar? Como? Fazendo como nós. Por mote próprio. É que a cidadania dos que menos podem dar é exactamente igual à dos que, por muito ganharem, muito podem distribuir. Ou será que cidadania é mera coincidência? Realmente, dinheiro dá em árvores várias e há gente que até a dormir o ganha. É por isso que às vezes dou comigo a pensar em Saramago e no que ele um dia disse; « a fraqueza alimenta a força para que a força esmague a fraqueza. » Estarei tolo ou ele tinha mesmo razão?

Mário Rui

Pela boca morre o peixe











































“Não vamos para o Governo para meter nos gabinetes dos Ministros e dos Secretários de Estado, um exército de gente que constitua administração paralela àquela que já existe no Estado"

Diz o povo, e com toda a propriedade, que pela boca morre o peixe.

Em quase dois anos Governo de Passos nomeou 4463 pessoas contra 1077 nomeações do Governo de José Sócrates em igual período de tempo.

Mário Rui