domingo, 28 de junho de 2015

Toda a “moral” que se construa em cima de dois padrões, merece-me reprovação!



Há já alguns dias que me interrogo a propósito do reaparecimento de Miguel Relvas, facto amplamente divulgado pela imprensa, e interrogo-me não tanto pela aparição do mesmo, que ao meu quotidiano nada diz, mas antes pelo retomar das críticas, ainda que justas, acrescento, quanto aos seus atributos académicos. Por outro lado, enoja-me, o termo certo é este, a moralidade de uns coveiros angulosos e vesgos que nos seus uniformes pretensamente moralistas me querem fazer crer através de palavras graves, com a sombra das suas mentes embrutecidas, que o dito é o único intérprete de uma miserável existência escolar que a todos queria enganar. Mas não é! Há mais, há também outros que deveriam ser colocados exactamente na mesma fachada do indecoroso processo que os guindou a uma licenciatura, mas desses, tais “puritanos” não falam. José Sócrates é o melhor exemplo disso mesmo e independentemente do grau que cada um obteve, de resto diferença única entre os dois, a falta de ética que em ambos os casos presidiu às respectivas licenciaturas é igual. Tal como Relvas, Sócrates conseguiu uma palete de equivalências injustificadas e ainda deu uso ao fax e ao domingo para fazer testes e para receber notas e o título de "Engº.". Curioso, é igualmente perceber que o primeiro mentiroso, quando fez a sua faina de academia, não ocupava cargos públicos. Sócrates, o outro mentiroso, ao invés, era secretário de Estado. Relvas, muito deve ter porfiado junto daqueles lugares de mármores influentes de modo a conseguir o grau de licenciado. Não conheço mais pormenores mas adivinho-os! Já Sócrates, em quatro cadeiras, teve um mestre que por mera coincidência até era assessor de um secretário de Estado, de seu nome Armando Vara, que, por sua vez, era amigo de Sócrates. Não conheço mais pormenores mas adivinho-os! De Relvas e Sócrates, riquezas sem dúvida oxidadas e rotas, gente que conhece toda a gente, desde o bombeiro ao polícia, passando pelo carteiro e acabando nos da irmandade, nada mais quero conhecer pois arrepio-me todo só de imaginar a rota corrente do aprendizado através das lufadas literárias desse Nordeste. O que me enoja, outra vez, é saber que continua a haver uma dupla bitola moral entre nós e especialmente defendida por pessoas que pensam com o partido, amam e odeiam com o partido, querem e agem com o partido e nada escapa desse triste padrão. Mas então os graus académicos não deviam ser retirados aos dois? Ainda tenho esperança que um dia tudo isto mude para melhor e, nessa altura, não duvido, muita desta gente que só vê moral para um lado vai cair que nem um saco vazio!
 
 
 
Mário Rui
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Ribeira de Veiros - Estarreja





Mário Rui
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Assim, gosto !



Assim, gosto! Deixa-nos pensativos a grande potência de imagens como esta pois são como um suspiro de alívio, um olhar pela janela de um país que apesar de dificuldades mil ainda nos comove de surpresas.
 
Mário Rui
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I want to ride my bicycle




I want to ride my bicycle
Sobretudo porque esquecer coisas antigas e antiquadas não é grande prova de bom futuro.
 
 
Mário Rui
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