sexta-feira, 5 de julho de 2013

O país em banho-maria







































Mário Rui

O manicómio português







































Vista ‘aérea’ de Portugal
Nos últimos anos o desempenho de adivinhos, fossem quais fossem as suas qualificações profissionais como profetas, mostrou-se tão espectacularmente ruim que o país só podia chegar a este estado de loucura total. Perante este cenário, parece-me que não temos mais uma sobrevivência garantida, mesmo a curto prazo – e isto é também uma consequência dos nossos próprios actos, como comunidade de portugueses. Acresce que, é lamentável que novas áreas de imprevisibilidade continuem a ser frequentemente criadas pelas próprias tentativas que buscam controlá-las. É assim uma espécie de novo estágio, em que a eventual resolução dos problemas se pode transformar em auto-destruição, em que um tipo de refrescamento político destrói e modifica qualquer tentativa de modernização. Não basta uma dor para que nasça uma nova sociedade. Com uma subjectividade política, dentro e fora dos partidos, como a que existe actualmente, tudo a que podemos aspirar é a uma fachada de oportunismos programáticos. Teorias sem consenso, desprovidas de cerne legitimador e que até uma simples rajada de evento é capaz de  derrubar. É um verdadeiro manicómio: criminalizado, marginalizado, ridicularizado,  onde os principais participantes de programas políticos e de declarações do governo, apenas servem para o encolhimento e minimização da própria política. Desconfio que nem mesmo as poucas oportunidades para indivíduos corajosos “moverem montanhas”, tenham qualquer incentivo que convoque gente assim. Hordas de políticos maus fizeram de Portugal uma metáfora! Talvez quando o seu papel for entendido como vocação, talvez aí consigamos reganhar um país e abolir de vez tais “relíquias” significantes de um passado louco que não se desenvolveu!
Mário Rui