terça-feira, 28 de junho de 2011

Que televisão queremos?




O Programa do XIX Governo, que foi divulgado hoje, aborda a Comunicação Social. Aí se refere que a privatização de um dos canais da RTP será feita «oportunamente e em modelo a definir face às condições de mercado», o que parece colocar de parte, aparentemente, um cenário de privatização a curto prazo.



«... ... obter-se uma forte contenção de custos operacionais já em 2012 criando, assim, condições tanto para a redução significativa do esforço financeiro dos contribuintes quanto para o processo de privatização»...

Esta parte, julgo, a maioria dos portugueses, com ou sem empatia, vai ter de partilhar. É a factura de incontáveis incompetências a que se permitiram pessoas quando o seu pseudo talento, esse mesmo, começou a enfraquecer. E já lá vão muitos anos. Mas enfim.




O que me agradaria especialmente nesta altura de mudança, se é que de mudança o Governo se vai ocupar, era que se dedicasse mais atenção aos conteúdos. Têm sido, genericamente, muito pobres, sem mensagem, quantas vezes supremo disparate. Eu sei que se mede a "força" de um espectador e sobretudo a força de uma televisão pelo grau de fé que o primeiro tem necessidade para se 'desenvolver', pelo número de amarras em que não quer que toquem por estar agarrado a elas.



Mas de facto, assim, nem espectador, nem televisão, nem País como o nosso, irão longe. Ninguém vive sem mudança. Pois façam-na agora, invertendo o ciclo e oferecendo mais conhecimento ao público espectador. A quem quer saber mais a ideia agradará.



A quem pretenda continuar a ver a mesma TV, pouco mais restará - é a minha sincera opinião - senão continuar a ter um País que nunca ninguém teve, e não quer ter, neste velho continente. Agora decidam-se srs. governantes. Mude-se a televisão ou mude-se o povo. Vejam lá o que é mais fácil!



Mário Rui