domingo, 13 de agosto de 2017

Dinheiro ao sol. É só pegar nele!


“Portugueses pedem à banca 17 milhões de euros por dia: crédito ao consumo em valores mais altos do que em 2010, antes da intervenção da troika; Deco alerta para o risco de famílias e bancos estarem a repetir os erros. É o dilema do ovo e da galinha aplicado à relação das famílias portuguesas com a Banca: são as famílias que pedem dinheiro emprestado e os bancos cedem? Ou são os bancos que aliciam as famílias com créditos e as famílias não resistem? A verdade é que os portugueses voltaram a endividar-se”.

Dinheiro ao sol. É só pegar nele.

E lá volta o mesmo romance desta vida contemporânea. Sem reservas nem cálculos, uns sonham tudo em grande e por esse mesmo aspirar depois se auto-condenam a uma repetida decepção. Outros, essa banca agiota, com uma caprichosa e singular mágica, abana-lhes com dinheiro fácil. Sentam-nos na secretária da fecundidade bancária, parece a quermesse do país do sol, e diz-lhes; «não se preocupem, o Banco concede crédito, a tudo... e a um par de botas»! E assim, tudo dança, tudo canta, tudo ri. É uma maravilha trapacear o iludido. A banca, essa usurária, apenas está empenhada em perceber num prazo fixo o dinheiro das rendas para a sustentação das suas prodigalidades e magnificências. É só pôr o filme a andar para trás e logo se perceberá o que afirmo. Sob um tal regime, fazer fortuna é fácil para o Banco que depois a há-de derreter na ferocidade natural do posso, quero e mando. E na cabeça desta Banca, apenas ambições, e na prosápia enganosa apenas soberba, patologias que o contribuinte vai pagando eternamente. Pena que ainda o não tenha percebido tantos são os exemplos anteriores. Não há ovos grátis, apenas galinhas, sim, mas dos ovos de oiro. Para a Banca famélica!
 
 
 
 
Mário Rui
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