domingo, 10 de novembro de 2019

Benfica sempre, mas...


Tolerem-me o arrojo de afrontar a “sabedoria” dos que dirigem, dos que dão o treino e dos que jogam. Mas, caramba, são não sei quantas promessas, outras tantas expectativas, um rol de narrativas supostamente vitoriosas, encantadoras vontades de ganhar antes do jogo, e afinal falta sempre a força de dar forma ao que se imagina. E assim, pergunto; até onde se perdem os surtos de tanta prosápia, até onde se somem os voos desta tão parca crença? Estou farto de ouvir e sentir o que os olhos não vislumbram e a paixão não sente. Se o Benfica não é melhor do que isto quando passa a fronteira, se o Benfica não é melhor do que isto quando joga cá dentro, então, não somente não peca o que se ira, eu mesmo, como certamente peca o que não se ira. E note-se que nem toda a ira é maldade. Se, no mais das vezes, rebenta agressiva, muitas outras é oportuna e necessária porque pode constituir o específico da cura. O resto, são derrotas. O resto, é o triste e pobre Campeonato português, bem reflectido no exterior, coisa em que confundimos a aparência com a realidade. Enfim, mas quer seja internamente ou fora de portas, talvez comece a ser tempo de falarmos da hora das responsabilidades e da hora da conta e do castigo. No Benfica, também. E que cada um entenda o problema como quiser, e faça o que puder. Mas eu, nisto aqui, faço o que devo. Benfica sempre, mas assim não!
 
 
Mário Rui
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