sábado, 16 de novembro de 2013

LIVRE - Mais um!














Partido LIVRE é o nome do novo partido para “uma nova esquerda” que foi apresentado hoje em Lisboa e deverá ter por símbolo uma papoila. Tudo é novo, até o nome; ‘LIVRE’! Parece-me, ignorante feito eu, que afinal todos os outros tinham défice de liberdade. Mas agora começo a perceber melhor, derradeiramente vai nascer um novo dia. Vem aí a nossa era, a do “povo da aurora perpétua”. O que havíamos clamado por não mais permanecermos numa alvorada detida, congelada, que não avançava para nenhum meio-dia. Faltava no espectro político nacional mais um. Um que viesse dar um novo folego, um novo impulso, novas ideias ‘liberais’ somadas a direitos garantidos ao cidadão, uma renovada esperança à esquerda, mais ecológica e, pelos vistos, com mais Europa.  Tudo matéria que nos faz tanta falta quanto a bicicleta faz ao peixe. Apesar de tudo, seria estúpido rir dos românticos. Também o romântico tem razão e sob estas inocentemente perversas imagens palpita um enorme e sempiterno problema; é que  «só quer a vida cheia quem teve a vida parada, só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, habitação, saúde, educação, só há liberdade a sério quando houver liberdade de mudar e decidir«. Ah, como só agora descubro a minha latente sedução pelo trovador de Abril. Grande Sérgio, posso não ter estado do teu lado na maior parte das vezes mas hoje percebo da necessidade de conter a selva invasora. Por agora parece que no “meio da esquerda” e quiçá para quando na “franja da direita”? Já não é altura de ouvir, mas, ao contrário, de julgar, de sentenciar, de decidir. Deixar de fazer ruído é que não, prefiro inteiro a mais partido!
 
Mário Rui

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