domingo, 17 de maio de 2020

Do Sol tão profundamente companheiro


Não sei se o Sol é para todos, mas gostava que assim fosse. Que a todos juntasse auréolas, assim quentes de recordações, porque há janelas por onde ele entrar que valem um tratado de felicidades e com poemas íntimos e inteiros de delicados sentimentos. A filosofia céptica larga-nos e longe de nos atrair com pesadas imaginações, só nos desperta simpatias. Se chega o ocaso de laranja pintado, com ele vem o horizonte dos pensamentos que nos coroam as paisagens longínquas do que já fomos. Até o quente da noite pelo que ficou do soalheiro do dia faz jus à sua fama de boa conselheira. E quanto mais cálida, melhor. Aflora-nos uma idiossincrasia que mais não quer senão que a sigamos com a vista e o pensar. Precisamos do sol para com ele lidarmos todos os dias em gestação mental de modo a fazermos do bem-estar um som que reclama um eco. Frases cortadas, exprimindo muito, mas deixando ainda mais a adivinhar. Amanhã, precisamos de novo do Sol!



Mário Rui
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