quarta-feira, 2 de setembro de 2015

TDT - Tretas e petas ou como o pessimismo se pode tornar em fé


Gostava muito de vos falar de duas coisas. A saber; da programação dos NOSSOS canais públicos de televisão e já agora dos privados também - porque não? - e a seguir dessa invenção do saber a que uns tantos deram o nome de TDT – televisão digital terrestre. Infelizmente, no primeiro caso não o vou poder fazer, já que embora conheça bem essa grelha de grãos culturais que se atiram aos frangos famintos, raramente os vejo. Não porque me esteja borrifando para esse modo expedito de absorver tanta fruição e cultura que me querem dar, gente bondosa essa, sobretudo a da RTP, e ainda por cima com uma nova administração, mas apenas porque não lhe vislumbro sequer imagem. Não há emissão, ponto final! Culpa de quem? Da tal invenção do saber de que vos falava no início. Uma TDT que prometia ao país perfeição, proveito e arte de agradar. Toda uma torpe promessa, toda ela era e é uma sublime falsidade. Não há emissão via TDT, repito! No local onde habitualmente repouso a aversão que nutro pelos coladores de estampilhas que vagueiam por entre a dignidade dos que lhes pagam o ofício de saquear o próximo, masoquistas é o que somos, a TDT é mentira! Paguei-a, pago-a com o meu dinheiro e tudo o que me retribuem é (in)certezas que nunca se atingem. E isto é em si mesmo um mal, um prejuízo para todos nós quando imaginamos, e em particular contemplamos, o bem de uns à custa do azar dos outros. Esta geringonça terreste e digital é, mais uma e uma vez, a prova provada de que nos sentimos escolhidos e destacados para a desventura a que não temos direito, podendo, como deveria ser, sermos tratados como cidadãos de pleno direito. Se este fosse um país que se respeitasse a si próprio, esta TDT já há muito tempo que teria deixado de ser mais um dos muitos certames de cretinos que nunca juraram respeito pela turba que só serve para os remunerar e, aí sim, estariam agora e por muito tempo a pagar pelas nutrições sempre auto-abundantes de que se servem para enganar o contribuinte. E depois digam-me que eu sou do contra…
 
 
Mário Rui
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