domingo, 3 de janeiro de 2016

O melhor é o progresso vantajoso. O outro, só pula, grita e trama dentro de nós.

 
Leio num qualquer Almanaque dos Costumes do nosso tempo que 2016 será um ano pouco dado a questionamentos ou dúvidas no que toca a máquinas inteligentes. Pelos vistos, a tecnologia vai trazer até nós mais equipamento do outro mundo, agora chamam-lhe “gadgets”, que tudo fará em nosso lugar qual geringonça-maravilha a substituir-se ao homem, não tendo mais a apertar-lhe o freio as reprimendas da razão ou tão pouco do coração. E dessa barafunda de coisas úteis, sem dúvida, mas em muitos casos também supérfluas, só espero que não resulte em nós todos mais condicionamento mental do que o que já temos. Por outro lado, também nos será útil manter a guarda de modo a que não sejamos dominados pelo sistema em prol de uma aparente harmonia comunitária vinda de tanta tecnologia, sobretudo da fútil, pois na maior parte das vezes fechamos os ouvidos ao canto da sereia de falsas noções de progresso. Para cabeças liquefeitas com tanto avanço técnico, talvez ficasse bem falar e pensar em primeiro lugar no moleiro e no moinho, e então depois pôr-se a jeito do progresso, mas só do vantajoso.
 

Mário Rui
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