quinta-feira, 9 de junho de 2011

Telemóveis



Olá e xau. Hoje fico-me por aqui que estou a comer e não se fala de boca cheia, ok? Não? Pronto, está bem!
Estava aqui a pensar em quantos telemóveis já tive e acho que foram…muitos. Os meus pais nunca acharam piada a isso e eu consigo perceber agora porquê: sempre que eu compro um telemóvel novo, estou a comprar tudo menos um telemóvel. E para vos provar que eu estou certo e vocês errados – amigos na mesma – tive o cuidado de ir ao dicionário ver a definição de telemóvel e consta do seguinte: “aparelho portátil que permite efectuar ligações telefónicas”.
Digam-me se eu estiver enganado que eu deixo, mas “efectuar ligações telefónicas” não é aquilo que grande parte de nós menos faz com os telemóveis? Não seria melhor trocar o nome técnico do aparelho por outro que mais se aproximasse do verdadeiro uso que hoje lhe damos? É que ter um telemóvel hoje em dia é como levar o carrinho das compras ao supermercado e não fazer uso dele.
Aquilo que acontece é o seguinte: quantas mais mariquices têm – leia-se aplicações – e quanto mais vistosos são, maior é a probabilidade de virem a dar problemas. A câmara que deixou de funcionar, o acesso à Internet que ficou travado, a péssima duração da bateria, o ecrã que é demasiado pequeno para ver páginas Web, o sistema que é lento ou que bloqueou, o clássico problema dos carregadores – alguém tem aí um compatível com o meu? – e o inevitável arremesso do objecto à parede mais próxima.
Agora mais recentemente surgiram os telemóveis Touch que fazem com que as pessoas com dedos grandes acertem sempre na tecla ao lado, o que acaba por não ter consequências graves porque os telemóveis de hoje até já têm corrector automático. Espectacular! E consta-se que há já alguns que aspiram a casa das pessoas e armazenam o pó nos cartões de memória de 2Gb.
Portanto, livrem-se vocês de dizer que as pessoas hoje em dia passam a vida ao telemóvel, porque é muito provável que elas estejam a fazer tudo menos isso.
No fundo, eu só queria um telemóvel que me levasse os cães a passear, que me fizesse o jantar quando chego tarde a casa, que me metesse a roupa a lavar ou que permitisse que eu desse o máximo uso dele sem ele me dar problemas. Dá para fazer um assim? Pensem nisto com carinho!
Por hoje é tudo. Liguem-me mais tarde, ok? Estou? Ainda aí estão? Alô? Pi pi pi pi.


Rui André

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