sábado, 1 de outubro de 2011

O Carnaval financeiro de Alberto João Jardim: e agora, Passos Coelho?


Se é verdade que em política é importante fazer obra, não o é menos que toda a actuação política tem de obedecer à lei (princípio da legalidade). Uma obra que desrespeita a lei, que agrava a situação financeira do Estado português, pode ser muito bonitinha - mas continua a ser ilegal e merece a censura dos políticos nacionais e dos órgãos a quem compete fiscalizar o cumprimento da lei.


Como se sabe, Alberto João Jardim criou um regime político atípico na Madeira, em que a democracia é consagrada em termos formais, mas - há que reconhecer sem rodeios! - em que na prática é difícil exercer uma oposição eficaz. Ademais, na Madeira, verifica-se uma terrível promiscuidade entre poder público e os privados: qualquer entidade política ou administrativa que protege interesses privados identificando-os falsamente com o interese público não pode ser defendido.


Bem pelo contrário: merece a nossa repulsa e crítica. Mas os políticos nacionais sempre tiveram medo de Alberto João Jardim (do seu poder na região e no PSD). E agora, quem paga? Pois bem, todos nós portugueses pagaremos a factura deste longo carnaval madeirense(ou jardinense).

Atenção: isto não é uma luta entre o continente e as regiões autónomas. Somos só um povo. Só uma Nação. Só um Estado (o Estado português é unitário, embora descentralizado).


Mário Rui

Sem comentários: