quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O último dos aventureiros aristocratas



Que querem que vos faça? Tenho uma admiração especial por este homem. Porquê? Porque era gordo, fumava charuto, foi o ícone da liberdade ocidental, tinha mau feitio, permanentemente instável, gostava das jogadas arriscadas, foi prisioneiro e conseguiu evadir-se, publicou livros, esperou sempre deixar o seu nome ligado a qualquer coisa de grandioso, tinha eloquência nos debates parlamentares, na década anterior à segunda grande guerra esteve quase sempre contra as opiniões dominantes entre a classe política inglesa, sempre soube que não se podia negociar com Hitler, foi o único que proferiu a célebre frase "sangue, suor e lágrimas" na defesa do seu país, se aliou a alguns inimigos na perspectiva de lhes levar a melhor, por vezes errático e irresponsável, fez sentir a todos que as causas pelas quais lutava, valiam a pena e, finalmente, foi o último dos aventureiros aristocratas.

Se conheceram ou se conhecem outro assim, avisem-me por favor

Mário Rui

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