sábado, 5 de maio de 2012

Jerónimo e o Pingo


















Já muito se disse a propósito da tal misericordiosa campanha de redução de preços do Pingo Doce. O dia escolhido também foi muito simpático e, não sendo eu de esquerda complexada nem de direita fantasiada, acho mesmo que o Sr. Jerónimo Martins bem podia ir às malvas com a sua campanha de marketing ou, é o mais certo, com o seu ressabiado acto político. Bom, mas apesar de muito se ter dito, muito mais há para dizer. No futuro. Até a Assembleia da República discute o assunto, qual importância crucial para o desenvolvimento do País. O que proponho é que a senhora que preside a esta casa, convoque desde logo o país para uma manifestação cruel, dura, que abomine a opinião de quem ache que isto não é assunto para os ilustres deputados que decidem da vida de Portugal. Isso sim, seria de mulher de armas. E nós lá estaríamos todos. Desde logo para lhe perguntarmos como é que conseguiu reformar-se, com chorudo vencimento, ao fim de dez anos de carreira. Depois aproveitaríamos para a questionar sobre o "carreiro" que trilhou para lá chegar. Mas deixemos isso por agora. Voltando então ao "Pingo" do Jerónimo - ainda não se sabe se o codinome tem relação com o nome do famoso índio guerreiro - a redução de 50% que ofertou ao povinho foi 'mesmo boa'. Agora é chegada a altura de agradecer a esse mesmo sereno povinho. Sabe porquê?  É que não fosse o povo calmo, sossegado e sensato, a redução bem poderia ter sido de 100%! Não foi, mas também duvido que faça nova campanha do tipo, nos anos mais próximos.

Mário Rui

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