terça-feira, 15 de maio de 2012

Ser RP

















A profissão de Relações Públicas em Portugal goza de uma infeliz e errada interpretação que prejudica e desconsidera os verdadeiros profissionais da actividade.

Ser Relações Públicas em Portugal é muito mais do que a actividade a que está ligada a personalidade das festas ou quem as organiza. Esta é, aliás, uma visão redutora e infeliz, porque a maioria dessas pessoas não conhece sequer as mais elementares práticas e conceitos do mundo das RP, como por exemplo um press-release ou um press kit.

Ser Relações Públicas é muito mais do que isso, porque, acima de tudo, a profissão tem como objectivo principal o de criar ou manter o equilíbrio entre a identidade e a imagem de uma organização através de um esforço deliberado e planeado. Por outras palavras, interessa ao profissional de RP construir uma relação e compreensão mútuas entre uma Instituição e os seus demais públicos, internos ou externos.

Um RP é, portanto e antes de mais, um especialista em comunicação que se serve dela para criar dinâmica e influenciar a opinião pública. Significa isso que um bom RP tem a intuição certa e um conjunto de ferramentas e capacidades que lhe permite estabelecer relações frutíferas entre os públicos (internos e externos), empresas, grupos, meios de comunicação e, não menos importante, os próprios jornalistas, apesar da relação de desconfiança que paira sobre os dois. Um bom RP cria, gere ou modifica os meios e os canais de comunicação necessários para esse objectivo.

Posto isto, parece-me que a actividade de Relações Públicas está francamente turva na mente de grande parte dos portugueses. E, mais grave ainda, parece-me que o valor, o reconhecimento e o impacto que a profissão pode gerar – no retorno das empresas e na mente dos actuais e potenciais clientes - são muitas vezes descurados pelos responsáveis empresariais.

É hoje difícil ultrapassar o estigma que vê o profissional de RP como o anfitrião de festas e outros eventos. E é uma pena que uma profissão com tremendo potencial e uma área tão fulcral no seio das instituições, como é a Comunicação, continue a ser relegada para um plano inferior em quase todas as grandes e pequenas áreas de negócio.

Rui André  (in http://achobem.tumblr.com/)

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