sábado, 24 de novembro de 2012

Tributo






















Assim foi, ontem à noite. Em ambiente intimista, como devem ser todos os momentos que mais não pretendem senão trazer à memória dos que por cá vão ficando, a chancela dos homens bons que,  indelevelmente, nos marcaram pela sua entrega desinteressada aos outros e à comunidade onde viveram. Parece escrito no modo passado, mas é tão presente a lição que o Martins da Silva nos legou que só podemos dizer; homens há, como as obras de casquinha, que só têm a sua superfície de metal nobre. Gostei do bocadinho da noite. Gosto ainda mais da simplicidade das coisas ilustres que o são. Dói-me que agora só possamos ficar com a memória do cidadão exemplar, do homem cordato, do ‘ensinador’ que, sem ornatos nem enfeites, à sua maneira, determinou a conservação e perpetuidade dos exemplos que tantas vezes nos escapam. Voracidade dos tempos. E como ele soube pintar magistralmente os seus e os nossos tempos! Afinal, a memória é uma faculdade tão prodigiosa que ela só bastaria para provar a existência da sabedoria, sensibilidade e  inteligência de alguns. Eternamente.

Obrigado Martins da Silva, e entregue-se à família que o trouxe de novo a nós o elogio da virtude por tão merecido tributo.  

Mário Rui

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