quinta-feira, 13 de março de 2014

Calmante Facebook


 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vendo-me atribuir tantos defeitos a tanta coisa que me rodeia, muito boa gente terá já concluído que considero esta a causa única porque escrevo, habitualmente criticando. Não o faço por me ser mais fácil derrubar que erigir. Isso seria supor-me dono de uma visão deveras estreita. Faço-o antes porque há nos dias de hoje um rol extenso de outras opiniões, de sentimentos, de instintos e de acções, que devem a sua aparição a factos muitos estranhos e completamente contrários à igualdade e ao respeito a valores que estimo. É essa a única razão que me faz correr atrás das minhas inclinações e das minhas ideias. Deparo-me todos os dias com factos irresistíveis contra os quais não seria desejável nem sensato permanecer mudo e quedo. Não seria igualmente sensato deixar de lutar por causas em que acredito e daí que muitas vezes me tenha sucedido dirigir palavras severas a inúmeras situações que a sociedade dita moderna criou. De todo o modo, acrescentarei que não é por ser um adversário convicto deste tipo de sociedade que não deva ser sincero com ela. Eis porque lhe dedico com frequência comentários pouco abonatórios já que não tenho a cobardia de os calar. Assim, mesmo posto no meio das opiniões contraditórias que nos dividem, esforço-me por manter no meu coração as simpatias favoráveis e no pensamento os instintos controversos já que, afinal, é tudo gente amiga. Quero continuar a acolhê-los a todos e, se for o caso, agradeço que os irritados ergam a sua voz e me acusem. Claro que as redes sociais propiciaram sobremaneira entendimentos diversos do mundo que nos visita diariamente sendo que, convenhamos, em muitos casos, também contribuíram para o esforço individual da nossa razão. É admiração exagerada da nossa própria imagem e eu bem sei que engrosso esse número. Por outro lado, o “Facebook” e respectivas potencialidades são um excelente meio para exponenciar pontos de vista especulativos. Também neste particular me incluo sabendo de antemão que bastas vezes sou mais um especulador, mas ninguém é perfeito. Dito isto, e acabo já, aproveito para saudar todos os amigos da rede desejando-lhes boas relações e fé naquilo que, apesar das discordâncias evidentes, talvez um dia se venha a transformar numa crença comum. Enquanto tal não for realidade, uma mezinha ou outra, certamente atenuará as nossas mágoas que não as nossas dores. E o “Facebook”, brincando, já a tem. Abraços!

 

Mário Rui
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