Seremos serenos!
“Quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma
alma” (F.Pessoa)
As novas regras do acordo ortográfico começam a
ser obrigatórias no País a partir de amanhã.
Imposto mesmo contra a vontade da população, sem
qualquer auscultação pública, muito menos referendo, sem qualquer possibilidade
de “sim” ou “não”, ele aí está. Por mim, cada dia que passa sei mais mas
entendo menos e lamento sinceramente que alguém tenha lançado mão de um destes
novos “recursos” da minha língua, não dando valor à sua própria riqueza, porque
nunca a testaram, só para dar a ideia de pensamento progressista quando afinal
não pensaram em coisa nenhuma. Apressam-se é em prostituí-la, à língua
portuguesa, à primeira crença que os impressione e de modo a retirar-lhe
identidade. A cada língua devia corresponder uma Pátria, mas por cá há quem
ainda defenda um manicómio de caricaturas linguísticas, um mundo de ilusões
verbais e especialmente escritas. São os “obreiros” deste (des)acordo, os que
quando conseguem “montar” uma frase, dessas modernas que por aí virão, imaginam
que estão a provar um fato novo. Não, não é um facto, é mesmo só um fato novo o
que estão a tentar enfarpelar! E esse até vos pode ficar mal pois daí não vem
prejuízo ao país. Vem mal é quando tudo isto se torna facto sério, hipnose dita
e caligrafada que quer tomar o lugar do conhecimento mas que só revela visão
ridícula de uma língua que é de outros e não nossa. Mas que mal vos fez a
anterior ?
Mário Rui
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