quarta-feira, 13 de maio de 2015

O Acordo Ortográfico



Seremos serenos!

“Quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma” (F.Pessoa)

As novas regras do acordo ortográfico começam a ser obrigatórias no País a partir de amanhã.

Imposto mesmo contra a vontade da população, sem qualquer auscultação pública, muito menos referendo, sem qualquer possibilidade de “sim” ou “não”, ele aí está. Por mim, cada dia que passa sei mais mas entendo menos e lamento sinceramente que alguém tenha lançado mão de um destes novos “recursos” da minha língua, não dando valor à sua própria riqueza, porque nunca a testaram, só para dar a ideia de pensamento progressista quando afinal não pensaram em coisa nenhuma. Apressam-se é em prostituí-la, à língua portuguesa, à primeira crença que os impressione e de modo a retirar-lhe identidade. A cada língua devia corresponder uma Pátria, mas por cá há quem ainda defenda um manicómio de caricaturas linguísticas, um mundo de ilusões verbais e especialmente escritas. São os “obreiros” deste (des)acordo, os que quando conseguem “montar” uma frase, dessas modernas que por aí virão, imaginam que estão a provar um fato novo. Não, não é um facto, é mesmo só um fato novo o que estão a tentar enfarpelar! E esse até vos pode ficar mal pois daí não vem prejuízo ao país. Vem mal é quando tudo isto se torna facto sério, hipnose dita e caligrafada que quer tomar o lugar do conhecimento mas que só revela visão ridícula de uma língua que é de outros e não nossa. Mas que mal vos fez a anterior ?

 

Mário Rui
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