quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Autárquicas 2017: abstenção (nacional) desce 2,37 pontos percentuais


Autárquicas 2017: abstenção (nacional) desce 2,37 pontos percentuais relativamente a 2013
É um espanto este país no que às almas, que se julgam descendentes de algumas dessas divindades soberbas do ramo da estatística e probabilidade, diz respeito. Com um saber de experiências não feitas e usando apenas o traiçoeiro exercício de álgebra social, quando se metem a calcular emperra-se-lhes a caneta ao fim de poucas contas. É a altura em que querendo obter um dado resultado, escorrega-lhes a dita borrando o papel, e sucede então que, pensando terem chegado a uma brilhante conclusão, lhes saia inevitavelmente um vago lampejo de números irracionais. Daí que lhes queira endereçar um respeitoso cumprimento, em que há muito de admiração, felicitando-os pela justa e merecida distinção que acaba de lhes ser feita. Não choveu, o sol até estava quente, a praia convidava, não houve nenhum campeonato de sueca, lá se jogou um ou outro joguito de futebol – esse indigitado gatuno de votos – e não é que a ABSTENÇÃO desceu em 2017. É milagre, certamente, e quando mete números, não se discutem os milagres - ou se negam ou se aceitam. Pronto, já disse. Agora só vos deixo mais uma recomendação. A continuarem as coisas assim, aos tais algebristas sociais bastará então um pouco de audácia para virarem a agulha da causa da moda dominante da abstenção, que tanto têm apregoado, para a fazerem descer ainda mais numas próximas eleições. Eu bem gostava. Virar é coisa que vos é familiar – não vai custar nada - ademais até quero crer que no próximo acto eleitoral vos virá à ideia organizar um campeonato de futebol, muito grande, e de praia. Não? Eu sei lá. Ideias, vocês têm, pena é que as produzam quase sempre pelos interstícios de uma ratoeira. Tontinhos!
 
Mário Rui
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