sábado, 20 de janeiro de 2018

“Interações sociais enriquecedoras”


“Interações sociais enriquecedoras”, deixando de fora tudo o que se passa à sua volta e que o jornalismo de qualidade oferece, é estimular os guetos. E as fake news. E o pensamento único. Zuckerberg vai meter palas nos olhos de 2 mil milhões de pessoas. Como se fazia aos burros. (LER AQUI)
“Interações sociais enriquecedoras, deixando de fora tudo o que se passa à sua volta e que o jornalismo de qualidade oferece"?
Pois a mim parece-me que se a ‘multidão’ confere carisma aos ídolos da tecnologia, é esse mesmo carisma de que são popularmente investidos que faz com que, o que quer que lhes falte em qualidade, a tais gurus, seja inteiramente compensado pela pura quantidade de espectadores ávidos de mostrar o ego próprio, como se pensassem ser os guardiões do interesse público. É curto, muito curto, este alcance, senhor Zuckerberg. E julgo que não ajuda em nada essa ideia de confinar aos amigos, tão-só e não tendo nada contra eles, o mundo que somos. Sabemos que nestes climas de mudança rápida são as espécies generalistas, e o “artista” Zuckerberg também o sabe muito bem, que têm mais hipóteses de sobreviver. De charadas mediáticas, sociabilidade fútil em rede, feiras de vaidades, grupos do elogio mútuo, estou eu farto. É o que mostra mais rapidamente o umbigo e não o pensamento mais profundo, que ganha o jogo. Não chegam os templos de consumo fácil. Podem até ser interessantes, mas não conferem êxito a estas novas rodadas de inovação(?) pois consumidores de olhos vendados, são a falência das cruzadas culturais que tanta falta nos fazem.  Para engolirmos coisas sem serem mastigadas, já nós temos muita indústria alimentar.
 
Mário Rui
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