segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

S.Pedro e Carnaval

 
Não costumo, nem gosto de queixar-me aos Santos ou mesmo dos Santos. Cada um é como cada qual, mas francamente S.Pedro. No assomo da alvorada de ontem parecia que nos tinhas destinado um dia em que o Sol ia despertando lentamente para a alacridade vigorosa da luz. Fez-se a tarde e mudaste de humor. Não deixaste que o tempo abrisse sorriso, a chuva mostrou a extensão dos seus vastos impérios, a certa altura o Entrudo não sorriu e nós ficámos nessa penitência intencional da espera por melhor. Não veio. Chegou hoje, afinal. Ainda bem, já dá para desculpar um pouquinho a partida de ontem. Mas sabe a pouco. O muito, agora, é que amanhã não voltes a esquecer-nos. Eu calo-me já, mas em silêncio ficamos conversados quanto à terça gorda que aí vem. Queremos uma poção infalível contra a chuva. Coisinha que dê aquela vibração sensorial a um Carnaval que se quer de uma alegria plena, de peito aberto à folia veloz de muitos pares. É só porque a alegria que há nesses coloridos quadros se comunica. Feitas as emendas necessárias, tudo pode correr bem. Manda Sol que atraia miríades de folguedos. Obrigadinho, S.Pedro. (12 Fev 2018)

 

Mário Rui
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