terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Felizmente que o fim de ano não fanatiza jornais. Nem televisões...


Correu bem a noite da passagem de ano 2018/19 em todo o país. Aplaudi a saída mas também a entrada. Quem não gosta de noites destas é um certo jornalismo, trazido por um Correio que costuma vir logo pela Manhã, já que não houve maneira de lhe chegar uma ideia, um alvitre para mostrar uma reportagem sensacional. São escassos os acontecimentos sensacionais em noites de fim de ano. Passam-se horas e horas sem que surja um roubo, um gamanço, um golpe de asa, um desfalque, um crime, um homem que bata na mulher, uma mulher que mate o homem, um cão que passeie o dono pela trela, enfim algo que possa despertar a opinião pública. E não é que se esqueceram que 2018 se havia finado e 2019 só vinha no ano seguinte? E que grande caixa teria dado este facto.
- A vida é feia, a vida é triste! Se não há acontecimento, faça-o acontecer - diz o chefe de redacção, a dar estalinhos no céu da boca, ao repórter.
Sossega-o o repórter;
- Calma chefe, felizmente tudo se esclareceu hoje. Está para breve a invasão de Portugal ao México. Estou já a caminho.
 
 
 
Mário Rui
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