domingo, 27 de outubro de 2019

Afastado comandante do ... canhão

Afastado comandante do ... canhão. Apenas! (LER AQUI)
O que me espanta não é propriamente o troar do canhão. Fico perplexo é com a serenidade dos que nada temem antes mesmo de consumado o acto. Por toda a parte a mesma falta de ética, de responsabilidades, algo que mais não é senão o retrato deste pobre país de toleimas e impunidades recorrentes, a fingir de nação séria, adulta e da Europa. Na verdade, o que vem a ser este, e muitos outros casos semelhantes? Como é que tantos se arrogam o direito de, assim apelintradamente, se borrifarem para a grande linha divisória que deveria separar os direitos dos deveres? É simples, a resposta. É que os exemplos, quer por baixo, dos lados, acima de tudo isto, dão azo a que coisas assim possam acontecer sem apelo nem agravo. Não será culpa da democracia, mas antes do sistema instalado, o que é ainda mais lamentável, pois quando por aí se fala em aprumo pessoal, fundamentos da moral, condutas exemplares, quer isso dizer simplesmente que se pede uma vassoura e a carroça do lixo. E depois organizam-se investigações, fazem-se inquéritos, interrogatórios, mas pouco se apura. Tudo fogo fátuo porque os muitos que têm consentido tal estado a que chegámos, continuam a achar que os cabotinos e aventureiros do país devem ser protegidos. Ou seja, blinde-se tudo o que até hoje tem mantido em Portugal o predomínio dos piores.
 
Mário Rui
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