domingo, 8 de março de 2020

Setúbal 1–1 Benfica. E o que é que vamos mudar?


Se os meus óculos já estivessem sobre o nariz, seria muito mais simples encontrá-los, porém seria também inútil, visto que eu já estaria com eles. Daí que, tendo afinal os mesmos no sítio certo, não me agradou o que vi. Algo errado? Sim, claro. Não somos impecáveis, eficazes, infalíveis e depois a minha queixa é fundada. Quereis um excelente conselho? Deixem-se de tão fidalgas maneiras de tratar o problema pois que, em equipa que perde, mexe-se. Como se a questão, abrangendo muitos, fosse menor para cada um, o conjunto não joga bem e naturalmente há já um coro de vozes súplices que convoca mudança. De atitude dirigista, de postura técnica, de desempenho dos jogadores. Fala-se muito das valentias de algumas destas personagens, embora eu não consiga citar delas uma façanha autêntica, com testemunhas de vista, nos jogos de há um par de meses a esta parte. E como há coisas que envelhecem muito, como muita gente que teima em viver sempre com as mesmas ideias, talvez seja altura de rejuvenescer pensamentos e práticas pois de outro modo o nosso campeonato morre um destes dias, encarquilhado e seco, como a maior parte das desgraças.



Mário Rui
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