domingo, 7 de março de 2021

Covid-19 não é a palavra do ano. Saudade foi a eleita em 2020


Há dias em que, se me perguntassem o que eu queria ser, responderia: tudo. Mesmo que nos outros me apetecesse ser nada. Curvas, picos, planaltos, ou seja, vivendo na montanha russa com um ano de coronavírus e a vida de pernas para o ar mais o que falta ainda saber. Entretanto, a ciência lavrou o seu decreto; vacinem-se! Temos saudades de quê? Não sei. De outras saudades talvez, sabe-se lá. Se calhar de gargalhadas, assobios, de rosas adolescentes e de aromas inebriantes. Sonho tudo. Estalidos, mil ruídos, mil rumores que são toda uma eterna tentação num ano de surto que foi um furto. Saudade, é palavra de boa-fé.

 

Mário Rui
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