domingo, 6 de fevereiro de 2022

A BANDEIRA É UM ESCUDO CONTRA A COVID-19


Notícias recentemente chegadas à minha redacção caseira, e de fontes absolutamente inquestionáveis, dão conta de uma nova e inequívoca cura para o SARS-CoV-2. Ou seja, esta apoteose de showmícios, só comícios, arruadas, quermesses, boa gente para  mandar representar Portugal dizendo que está de excelente saúde ao estrangeiro, e afins, tem-se afirmado em letra redonda como sendo multidão com extraordinário gáudio da amantética de trinados políticos. Afinal, tudo isto é um bom exemplo do modo como deve ser feita a profilaxia racional quanto à covid-19. E, digam-me lá se isto não é um seguro passaporte para a eternidade e se não valerá a pena qualquer costureirinha redobrar esforços na produção de bandeiras partidárias que junte ainda mais gente aos montes, pois que desfraldar estandartes destes é um óptimo escudo contra o vírus. E com a terapêutica da bandeira, somada a mais um dia que não foi de reflexão, mas o outro já vai ser sem que ninguém o perceba, certo seria que o bicho não mais nos enviaria algemados para a cova. Que diabo! Pois não é este um caso de insânia colectiva? O que têm os coveiros a ver com eleições? Não, nenhum português atinado pode ter mais do que uma tristeza forçada por esta ladainha política de tristezas. Alguns, na ânsia de me deslumbrar, ainda me querem mostrar o contrário do que eu digo, mas só me dizem o pouco que podem. Mas pouco, não me basta, já que é muito ténue a camada da ilusão que os cobre. Não escolhem o que dizer. São o maior número.


Mário Rui
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