quinta-feira, 9 de junho de 2022

A vocação para a violência, para a guerra


Tanta é a evidência do absurdo do mundo actual que uns benzem sem Deus, seja lá Ele quem for.

É um sacrifício sem Deus. Um ritual cego. Daí a pouco a “bênção” lança chamas sobre os corpos vivos.

As chamas explodem.

Palmas, palmas para a “felicidade” de se chacinar quando afinal nada disto dá para analisar em termos de justiça ou moral.

São actos despojados de valor de um país sem valores. O horror é demasiado para justificar falatórios.

É ridículo usar este massacre para mostrar o escândalo, a total falta de humanismo.

O invasor faz parte de um mundo onde a violência já não visa um inimigo declarado, mas visa, antes, declarar um inimigo.

Uns benzem o mal e depois que venham todos os existentes guardiões da decência e da responsabilidade ética para mostrar ao mundo que foram assassinados mais dois humanos.

Esta é uma ideia com que pensamos mas sobre a qual não pensamos.

Quem fará dedicações humanitárias aos que, uma vez erguido o pavilhão do seu país, jamais o arreiam?


Mário Rui
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