sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Costa, o malabarista do circo

Levado por aquele entusiasmo belicoso que sempre anima os porta-vozes de uma doutrina muito duvidosa

Quando António Costa disse que uma decisão com o impacto da localização do novo aeroporto não podia ser tomada sem o acordo do PSD muita gente parece tê-lo levado a sério. Uma credulidade estranha, quando uma das imagens de marca desta maioria absoluta é não aceitar qualquer contributo dos partidos da oposição, e muitos menos o do PSD, conforme o afirmou há não muito tempo. Afinal, ainda o instinto não lhe deu aquilo que a experiência já lhe devia ter dado? Afinal, são apenas imposturas orquestradas e daí que a conveniência de garantias preliminares de outros lhe sirva agora contra um equívoco pessoal? Ou será que Costa estará agora consciente, dolorosamente consciente, do declínio intelectual do que diz antes, e depois o seu contrário? Vale a pena examinar o lado psicológico dessa inversão, para ver que tipo de conduta moral resultar dela. Isto mostrará em que consiste realmente a ética do absolutismo, por trás de todo o tecido de alegações falsas que lhe serve de embalagem.

 

Mário Rui
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