segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Como mudam os tempos.

 Embora assinalem a data de 29 de Outubro de 2012, estas não são as capas dos jornais diários de hoje. Era suposto que fossem, mas não. As verdadeiras 'primeiras páginas' retratam um anúncio de um banco que diz:  ''colocamos a nossa solidez e experiência ao serviço da economia portuguesa''. Está visto que se trata de publicidade. Por definição, a publicidade é o acto ou o efeito de dar a conhecer um produto ou um conjunto de produtos, incitando ao seu consumo. Pode ser entendida como a arte de convencer, persuadir e seduzir. É um processo comunicativo que difunde informação através de diferentes meios, tais como a televisão, a rádio, a internet, e a imprensa escrita (jornais e revistas). Até aqui, tudo bem. Mesmo nos jornais, eu até a entendo, porém lá para as páginas do meio e nunca de modo tão 'escarrapachado' e quase a ferir, a molestar, a sensibilidade de quem, como eu, compra jornais para ler notícias e não quer os bancos como notícias. Já chega! Até pode ficar a ideia de que apenas o efémero interessa a certa imprensa. E a nossa imprensa e os nossos jornalistas valem mais que um anúncio. Que a primeira página seja sempre deles e não de outros. E qual a razão substantiva para a existência da primeira página de um jornal? Pois bem, reparem;
 - o nome, a data, o local e o preço do jornal;
-a manchete do jornal - principal título da primeira página do jornal. Ocupa o lugar mais destacado da página mais importante e, por essa via, reflecte a notícia que o jornal escolheu como sendo a que mais impacto tem nessa edição. A primeira página pode ter uma ou mais manchetesSerá que tudo isto virou mentira? Vale mais uma mensagem escrita ou audiovisual que promova determinado produto ou serviço em lugar da pena de quem escreve notícias? Como mudam os tempos...  

Mário Rui

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