segunda-feira, 17 de outubro de 2016

“Não li e não gostei!”


“Não li e não gostei!”
Não sei e tão pouco me interessa saber em pormenor das trinchadas ‘gastronómicas’ que o escrito encerra. Imagino tratar-se de um verdadeiro rio de tolices, caligrafado naquele lusco-fusco de espírito que os muitos anos já vividos põem nos cérebros já de si pouco lúcidos de alguns escrevedores. Mas isso é lá com eles. Agora daí até dizer-se que “este livro vai ser um clássico da literatura política” é que já vai uma longuíssima distância. Já agora, só lhe falta dizer que é obra pró-pátria. E aqui abro um parêntesis apenas para acrescentar que a pugna deste autor por obra que parece ter por berço a vida íntima alheia, somada à expectativa de sucesso futuro, só pode ser insulto a Eça, Camilo, Antero, Junqueiro e outros que tais. A terra em peso, em particular a que os cobre, vai ter certamente uma dupla função. Será a de servir de obstáculo, de parede que impeça que sejam receptadores da depena que os mimos orais e escritos deste escrevedor arquitectam. Felizmente para os nossos clássicos de verdade e também para a impressionabilidade alienada de alguns leitores.
 
Mário Rui
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