segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Jardins impasseáveis



Não são os dias claros os que me aborrecem. São os outros, os que têm horas cinzentas, os que são jardins impasseáveis, tão deletérios de forma como de essência. E nada se pode fazer contra esta iminência de desprazer a que se junta uma chuvinha incontinente, num esgar de tempo ruim. Só o Sol me parece ser familiar de todos os convívios. Dias com horas cinzentas e molhadas são incapazes de exprimir emoções por conta própria. Para aparelhar a coisa em termos de êxito, só um riso de bom tempo ajudaria.
 

Mário Rui
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