quinta-feira, 13 de julho de 2017

Afinal era tudo coisa fatela


Afinal era tudo coisa fatela
Podemos ir descansados para a praia. Aquela coisa sem importância acontecida em Tancos, foi afinal safra de um qualquer zé-pereira cativado apenas pela regra de parasitar nas arcas militares. O malandro entrou, viu o que havia e, pelos vistos, bem observada a incursão, lá dentro tudo era verba espatifada por coisas que não tinham nada a ver com a militança! Tudo não passou de desvio de material obsoleto, diz o Chefe do Estado-Maior, ou talvez menor, sei lá. Costa regressou de férias e a nuvem que pairava, o mistério ondulante, ficou esclarecido. A primeira coisa a deduzir do que lhe ouvi, é que não tendo Portugal razão para recear no continente a invasão armada de inimigo sem um aviso prévio, o roubado não faz falta. Assim sim, faz-nos falta é quem persista em só ver paisagens cor-de-rosa. E enquanto as preocupações do País assim se tratam, podemos estar sossegados pois tudo isto é mero assunto de poema. Com tanta banalidade, o que me chateia é que seja a imprudência a fazer-lhe companhia. Companhia, às armas, volver ao folguedo. Viva a anarquia em que tombámos!


Mário Rui
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