quinta-feira, 13 de julho de 2017

Correios das Manhãs


Não sei se o homem é ou não culpado dos crimes pelos quais foi condenado e disso também não me vou ocupar. Devo reconhecer a minha preguiça mental para entender um país que se organiza de manhã, desorganizando-se à tarde para, à noite, talvez se deitar com intriga que eu não conheço. Falo da política brasileira, toda. O que aqui me convoca é antes, opinião minha, a infeliz capa do jornal i. Para jornalismo que se acha ‘censor’ e ‘educador’ de leitores, eu adivinho o quão efémero deva ser o influxo moral que as suas capas devam produzir na plateia. Afinal há mais correios da manhã do que julgávamos. Lamento é que o i ainda não se tenha lembrado de capa semelhante para o presidente angolano. Não será certamente por falta de habilidade mas talvez por falta de outra coisa a que vulgarmente se chama coerência e independência. E, já agora, Maduro também dava uma excelente capa. Estou só a dar ideias, mas pensem nisso, talvez o patrão Angola não vos sancione e o Nicolás não vos feche a porta de uma vez por todas. Experimentem. Mas sempre tendo em conta três coisas; o que é uma capa de jornal, o que foi o grande José Vilhena (1927-2015) e o que são os homens elásticos dos circos!


Mário Rui
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