terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O “Correio da Manha” (sem til no “a”), titula assim. Que mais há para dizer?

 
Não me contem mais tonilhos. Só as massas é que são fáceis de impressionar e começo a ficar farto das manifestações, dos dizeres que se conservam por muito tempo neste pouco agradável status quo. Não me julguem mal, mas se alguns acham que isto é receita infalível para chegar a um resultado, então devo dizer que estais redondamente enganados. Não é, seguramente. Primeiro, porque os biliosos a quem ainda não nausearam estes ingredientes, vão acabar tombados pelos ventos mal cheirosos que lhes sopram dos próprios arrabaldes clubistas. Depois, porque a clubite cega desinquieta-os, tenta-os, atrai-os, inocula-lhes um veneno de tal modo paralisante que só lhes dá para estas exibições coreograficamente montadas em bancadas alheias e fanáticas. De fazer estalar de riso a parte sensata que observa estas mal agouradas procedências da animosidade ao Benfica! O que é demais, é moléstia, empata a venda, mas pior ainda são estes ânimos assim dominados pelo ódio, ou talvez pelo receio, tentando descobrir vestígios do que ardentemente esperam. Morteiros sobre o Benfica? É isso que querem? Oh, desapontamento! Contentem-se em saborear o equívoco. E quanto às observações críticas e sonoras exclamações que vos ouvimos, quanto à porção de prazer que julgais infundir no vosso auditório, esse pitoresco com que por aí se intruja, nada eu conheço de mais fugaz como esse fogo-de-artifício. Confundis tudo, desenhais sumariamente!

Mário Rui
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