quinta-feira, 21 de junho de 2018

Volta amanhã, realidade


Não, não é Marte. Ainda bem. Apenas imobilidade misteriosa e incandescente neste assomo de crepúsculo em que as coisas vão despertando lentamente para a melancolia vigorosa do fim do dia. Altura em que o horizonte começa a carminar-se ao de leve pelos sítios onde vibram harmonias de romantismos, serenos, tranquilos, dulcíssimos. A decoração fantástica do ocaso, ou só aquilo que cada um quiser. Volta amanhã, realidade.
 
 

Mário Rui
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