quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Que se cozam pois com os caracóis


Sou, de novo, contra a chacina intolerável dos mosquitos que morrem inocentemente às mãos de automobilistas loucos e contra certa gente moderna que só vive para estupidificar!
Por nobre e vivo dever cívico entendo ser minha obrigação associar-me à causa do mosquito que não tem manhã, nem tarde, nem noites sossegadas, tais são as forças automobilísticas bisonhas que, pela brutalidade da sua pressa e quantas vezes também do vagar, os despedaçam impunemente contra o vidro dessa máquina diabólica que tudo seca e esteriliza; o automóvel! E estou na causa apenas porque entre o mosquito e alguns humanos me fica a certeza que o primeiro jamais conseguirá retrogradar ao macaco inicial sendo que, relativamente aos segundos, já tenho muitas dúvidas se para aí não caminham. Mosquito com resistência que trepe montanhosamente até à última porção do vidro do carro, merece que se agremiem umas fartas vontades que impeçam este genocídio a que se assiste e, mais importante, talvez assim fosse possível evitar a postura dos primatas da conservação de espécies cretinas. Sou pois contra a extinção de insectos dípteros mas sou a favor dos armazéns onde se possam catalogar e arrumar, em prateleiras mal envernizadas, cérebros que metem medo, gente moderna que vive para estupidificar! Que se cozam pois com os caracóis já que a única coisa que julgam saber fazer é confundir a evolução e, ócio por ócio, mais valia que se dedicassem ao estudo dos órgãos que já em extensão não mais podem ser prolongados. Talvez isso lhes fosse uma útil tese de discussão ou, quem sabe, útil e saborosa tesa de gozação!



Mário Rui
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