segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Afinal, “está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”

 
O Livre, que mais parece uma creche onde não cresce a experiência das crianças que a habitam, contrariamente às outras onde de facto a meninice se desenvolve, debate-se, logo à entrada da primeira deputada, com um problema verdadeiramente crucial para o bem-estar e a melhoria das condições de vida dos portugueses. É que poderá estar em causa, senão mesmo perdida, a festa do sexto aniversário dessa creche. E isso preocupa-me muito já que se trata de ver logo na origem destas discussões a natureza dos motivos que as duas partes alegam quanto à posse da parte maior do bolo de anos. Felizmente que Ricardo Sá Fernandes, membro do Conselho de Jurisdição do Infantário, pessoa que de resto eu tinha por mais ajuizada, mas enganei-me, aponta como causa provável para o diferendo, “a inexperiência do Livre”. Livre-se dele e ganhe também experiência, é o melhor que faz. Mas, já agora, à inexperiência de que fala, que até tem cura, some-lhe outra dado, e, esse sim, muito mais perigoso dentro do Parlamento; é o de se ver quão longe a sua deputada - e outros que tais vindos dos mesmos areais - vive da sociedade de que ela pretende ser censora e educadora, e se adivinha o quão efémero deva ser o influxo moral que as suas tomadas de posição devam produzir no nosso povo de sono!     
 
Mário Rui
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