sábado, 1 de fevereiro de 2020

Afinal, que progresso nos dão?


Claro que investimento em saúde pública é atitude a louvar em qualquer parte do planeta. E ainda mais na China face à actual situação do avanço do surto coronavírus. No entanto, permitam-me o desabafo, o que não consigo compreender é como é que se pode (con)viver entre o muito bom e o muito mau. Há qualquer coisa de errado nisto, digo eu, já que, disparidades assim, revelam muito sobre o nosso mundo. Pese embora o avanço civilizacional dos últimos séculos, esse mundo continua em vários aspectos muito parecido com o da Idade Média. E devo acrescentar, com pesar, que em função do que vejo, não acredito que algumas sociedades tenham compreendido correctamente nem o que elas são, nem as nefastas implicações que causam aos outros, a todos nós. E isso, é um erro
fenomenal. Há satélites sob a Terra, há informação global, o código Morse já desapareceu da cena mundial, há tecnologia de ponta, há países riquíssimos com economias inabaláveis, o homem já foi à Lua, a Internet está disponível e foram necessários escassos anos para que milhões de pessoas a pudessem utilizar, mas afinal ainda comemos morcegos, cães, humanos e o mais que se ajeitar. E assim se vai piorando a sorte dos mais empobrecidos e assim se vai criando um mundo de muitos vencedores, mas sobretudo de ainda mais perdedores. Afinal que países são estes, que Terra habitamos? Para a melhorarmos, a única solução é mudarmos a agulha e quanto mais formos capazes de compreender racionalmente o nosso sítio, mais poderemos moldar a vida em favor dos nossos propósitos. Assim alguns países “ricos” o queiram fazer. De contrário, essa via expressa de prosperidade que os mesmo nos anunciam, continuará condenada tão-só a uma vida de miséria, de fatalidades e desesperança.



Mário Rui
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