sexta-feira, 24 de julho de 2020

Coisas que a um rapazinho de bom tom fica bem saber



Coisas que a um rapazinho de bom tom fica bem saber, ou seja, marcas de alta e baixa-costura.

A primeira é a da minha terra, a segunda não faço ideia de onde vem.

A gente às vezes tem destas incongruências; desprezamos as únicas coisas que sabemos muito bem a que fim se destinam e damos vista fina a outras que, mesmo não percebendo para que servem, bem melhor estariam ao lado das primeiras, mas com o perdão destas. O que vale é que vivo em sítio com sol de manhã, sol durante o dia, sol à noite e solidó p’ra dançar e tocar concertina se nos apetecer. Mas sobretudo vivo em terra de ‘cultura’ de arroz, e gosto, fugindo sempre a sete pés de outras ‘culturas’ porque não sou intrujão. O que é o solidó? Lá está, se não sabem é por causa da tal ‘cultura’ de que antes vos falava, ou da falta dela, pois, muitas vezes, era apenas sol-e-dó e sem concertina.



Mário Rui
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