quarta-feira, 21 de abril de 2021

Esta dialética sobre o cavalo de ferro ainda vai dar muitos saltos mortais

Tal e qual como fizeram com as pescas e a agricultura, fechámos e desmantelámos para acompanhar a Europa … com balelas. Agora resta saber o que vão fazer com os aviões, outro voo picado de mil teorias que surgem para morrerem, de mil esforços perdidos e limitados em tudo pela imperfeição terrena e já com mais de meio século sem fim à vista. Entrementes aparece o comboio, porque dizem que ”Portugal tem hoje os mesmos quilómetros de caminhos-de-ferro que em 1893" porque "a monarquia construiu quase tudo da rede ferroviária que hoje temos". No entanto, mesmo que D,Duarte Pio de Bragança, de contente, ainda quisesse dar uma ajudinha ao carril, eu diria que o rei vai nu porque não é do Entroncamento. Assim, esta dialética sobre o cavalo de ferro ainda vai dar muitos saltos mortais. Mais realista, é a do passageiro antigo que ama as coisas simples e mais vagarosas, porque acredita no lugar que lhe compete e na botelha triunfante que põe enfim ordem em gritarias populares. E ademais a ver a paisagem a passar, mesmo que esse “progresso”, para alguma gente, consista em retrocesso.


 
Mário Rui
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