segunda-feira, 10 de setembro de 2018

É a EDP, dizem os jornais


Em causa, explica a AdC, estão danos para os consumidores de cerca de 140 milhões de euros. (LER AQUI)
EDP: aduba, rega, colhe, recebe rendas, fantasia, engana a clientela, mas é a EDP. Dizem os jornais. E lá segue imperturbável por índole e por cálculo profissional, sempre. É a EDP, dizem os jornais. São “evoluções” de um interior bem gerido, pois então, que cria, engorda, distribui, compõe o rito da própria tribo. É a EDP, não dizem os jornais. E tem autoridade, influência e força para obrigar os jornais, o Estado, os governantes, o país, a não lhe medir os passos, quanto mais a energia, a do chefe e a eléctrica. Nem o nome do gestor de topo é assinalado. É a EDP, também não dizem os jornais e basta! Mesmo que se ergam novos Deuses, ao lado, senão mesmo sobre o pedestal dos antigos; Bava, Sócrates, Salgado, Pinho, Loureiro, Costa, Lima, Vara. Tudo divindades que, ao tempo, desenvolveram a moral, adoptaram cultos de cuja culminância ficou a bendita e infinita transformação da nossa sociedade e com corolário de que vingaram as mil aparências da realidade. Ninguém viu, na altura. Continuamos cegos, hoje. Não aprendemos nada! Viram-na, a essa luz da fortuna, passar como relâmpago nos olhos, alguns inspirados. Poucos e fartos. E é Portugal, digo eu, mas raros jornais o atestam. Nem d'outra  lei precisamos. Esta está bem. Agora precisamos é de bálsamo e conforto para os que pagaram a factura, serviu como ensino de bocas humildes, e de muito desprezo pelos que viram, leram, mas não decoraram, coitadinhos dos bocas largas. E se um dia certa imprensa vos disser que afinal a EDP foi só o sobejante das divindades d’outrora, não acreditem nela. É que as divindades nascem como cogumelos e a imprensa, alguma, é apenas um ajuntamento de homens e mulheres com necessidade de obedecerem para não sucumbirem!
 

Mário Rui
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