terça-feira, 23 de junho de 2020

Dos progressistas de papel pardo


A estátua do Padre António Vieira, em Lisboa, foi vandalizada. (AQUI)

Querer apagar a nossa história, a boa e a má, é próprio de gentalha curta de ideias e de factos. É cunho de imbecis de escasso miolo na tola que mais não querem senão apagar os passos do nosso caminho, os documentos da nossa acção, os pedaços da nossa vida. A não ser avultando o que de relevante tivemos ao longo de 841 anos de nação, pouco mais restará capaz de preservar essa contribuição da inteligência, do progresso e do civismo nacional. É essa história relevante que faz prosperar o Estado, moraliza a sociedade e honra o país. Até a que foi deixada no nosso espírito como tendo sido desonrosa, porque também a tivemos, e não nos enobreceu nem teve ideal justo que a norteasse, deve ser mostrada e devidamente explicada. Nunca tendo demonstrado grandeza de que nos possamos orgulhar, serve, hoje, no mínimo, de lição para que saibamos o que foi a estupidez, os desmandos, os crimes e a as vilanias que a caracterizaram. E serve em especial, mas com o raciocínio largo e iluminado, para que nos apoiemos nessas tristes realidades de modo a que não mais regressemos a tão calamitoso tempo em que o céu português era escuro como breu. Essa é a razão pela qual discorro sobre a nossa história, a boa, mas também sobre a má, posto que há gente que a quer ceifar a esmo julgando que ambas nunca existiram. E então quando querem decepar sobretudo a boa, já estamos a falar de idiotas que apenas se rebaixam ao nível de certos animais, grandemente orelhudos, idiotas que, na escala zoológica, lhes são muito inferiores.




Mário Rui
___________________________ _____________________________

Sem comentários: