domingo, 11 de dezembro de 2022

Corrupção no sector da Defesa

Corrupção no sector da Defesa

O ex-ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, defendeu e promoveu Alberto Coelho, então director-geral de recursos de Defesa Nacional (DGRDN), mesmo depois de saber das suspeitas que recaíam sobre este, nomeadamente relativas às obras no antigo hospital militar de Belém, que custaram o triplo do valor que estava previsto, ou seja, os custos da empreitada em causa só passaram de 750 mil euros para 3,2 milhões, afinal “coisa de somenos”. Esta operação de combate à corrupção no sector da Defesa, foi baptizada de "Operação Tempestade Perfeita", o que, no meio de tanta quadrilha de “intelectuais” que corrompe o país, é a única coisa que me faz rir. É que de facto é mesmo uma tempestade perfeita já que por cada roubo, vigarice, falta de vergonha, avareza e ausência de ética, para cada saque repetido, o processo consciente de quem o faz é sempre o mesmo; copy and paste. Abomino estas elites desonestas não apenas capazes de distinguir um prato de lentilhas de todo o legado dos sérios, mas também de perceberem que a absorção deste último pode ser bem mais nutritiva. Que demencial arrogância, esta. Toda a repetição que se construa em cima destes princípios não será jamais senão um monumento à miséria humana dos outros e uma macabra arte diante do dinheiro fácil. E se quem não os recebeu de nascença, os princípios, tem de adquiri-los na cadeia. É o único sítio onde se corrigem os ladrões da ocasião. De outro modo lá continuará em marcha todo o pomposo cortejo de cegos que guiam outros cegos para o abismo.


Mário Rui
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